Em medicina, para se chegar a um diagnóstico, ouvem-se detalhadamente as queixas do paciente, levanta-se o seu passado mórbido, sua herança genética, faz-se um exame físico minucioso e buscamos nos exames laboratoriais a confirmação de nossas conclusões. Todos esses dados podem ser arquivados num prontuário médico que, atualmente, com o uso da Internet, pode ser acessado em toda a rede de atendimento médico: seja nos consultórios, ambulatórios e hospitais.
No direito, há diversidade de procedimento. O veredito de um caso submetido à Justiça só é proferido depois de uma análise minuciosa, ouvida a acusação e a defesa, apresentadas as provas e executada a sentença depois de cumprida toda a ritualística facultada pelas leis. Vejamos o caso Lula, a ser julgado em segunda instância pelo TRF4 no próximo dia 24. Trata-se de um único "sintoma" (existem mais seis processos em curso) discutido a exaustão e sujeito a procrastinação indefinida. Teremos a repetição dessas "missas" por mais seis vezes. Por que não juntarmos todos esses processos em um único dossiê que nos daria uma visão mais correta do réu e poderia propiciar uma sentença (diagnóstico) mais correta e judiciosa? Da maneira "fatiada", como a Justiça examina o caso, poderíamos chegar ao absurdo da absolvição em todos eles, sendo que o conjunto está demonstrando que se trata de um individuo perigoso para a sociedade, useiro e vezeiro em falcatruas, com um passado mórbido que expõem, às escâncaras, um mafioso com transmissão genética a ser examinada. Sei que esta minha manifestação é um pré-julgamento, mas me incluo entre os 60% dos brasileiros que não votarão em Lula em hipótese alguma.
Quando o Roberto Jefferson denunciou o "mensalão", declarou que teria ido, em primeiro lugar, falar com o Lula. Baldados os esforços para que o José Dirceu cumprisse o acordo mafioso que teria feito com o PTB do Jefferson, ele fez a denúncia pública e deu no que deu... Todos condenados, menos o Lula que não sabia de nada... Esta técnica de dissimulação só prevalece porque nossas leis são falhas em alguns aspectos que nunca serão corrigidos por um Congresso prevaricador como esse.
A cúpula da República está comprometida com a desonestidade e a traição à pátria. Mesmo no Judiciário, que deveria ser o guardião da Constituição e de nossas esperanças, existem indivíduos que o público execra! O "fatiamento" da Constituição no episódio Dilma Rousseff é o demonstrativo de nossas desconfianças, e o Gilmar Mendes é a prova cabal.
Existe, no PT, uma multidão de apoiadores, singelos, que acreditam na santidade do Lula, mas a cúpula do partido é tão mafiosa quanto ele. Os R$ 51 milhões do Geddel eram os recursos para o caixa dois do PMDB (agora MDB - credo...) para as próximas eleições e os 308 votos que o Temer necessita estarão também comprometidos com a máfia.